1 INTRODUÇÃO
Nesta apostila estaremos observando mais a fundo o
funcionamento dos processadores. Até então vimos que o processador funciona
como uma espécie de cérebro do computador, e também vimos que ele precisa de
outros componentes para o auxiliar em seu trabalho. Com isso nós já conhecemos
sua principal função e seu ambiente de trabalho. Agora vamos nos aprofundar em
detalhes da sua Arquitetura, Funcionamento e Configuração.
2 Levando os Conceitos para a prática
Como já vimos, os computadores são formados por seis
unidades (Unidades de Entrada, Saída, Central de Processamento, Memória, Lógica
ou Artimética e de Secundária Armazenamento). Em geral, tratamos a Unidade
Central de Processamento como se fosse o processador em si. Mas na verdade, o
processador é um conjunto de duas dessas unidades, a CPU e a de artimética e
lógica. A Unidade Central de
Processamento (CPU) fica inteiramente destinada
ao controle das
atividades que o computador foi destinado, ou seja, ele
controla a excução e interpretação das informações e controla o fluxo dos
dados. Já a unidade de lógica e aritmética, fica iteiramente destinada
arelaizar os procedimos artméti-cos (operações aritméticas) e/ou operações de
lógica, por exemplo, se determinado valor for maior que cinco, deve-se somar
esse valor com dez e depois
libera-lo para que
ele seja armazenado na memória. Como vocês podem perceber, ambos são
necessários para que o processador execute as funções destinadas a ele. Ele
organiza e controla (CPU) e realiza os cálculos e comparações necessárias
(ULA).
3
O CO-PROCESSADOR ARITMÉTICO
No computador, existem dois tipos de calculos que
precisam ser realizados, os mais simples (que aglobam apenas números inteiros)
e os mais complexos (que envolvem números de ponto flutuante, ou seja,
decimas). Antigamente, antes do lançamento do 80486 da Intel (80486 DX) os
processadores em si, só realizavam os cálculos simples, pois os cálculos
complexos eram serviços destinados a um chip que era encontrado na placa mãe, esse chip se chamava co-processador.
Até então, como o desempenho dos
processadores ia aumentando rápidamente, sempre havia a necessidade de também
ser lançado uma nova versão do co-processador, para que o computador não
perdece performanse em determinados casos. Foi então, quando a Intel
revolucionou o processo de construção dos processadores, permitindo que sejam
acoplados o processador e o co-processador em um único chip. O primeiro
processador que incluia nele os circuitos referentes ao co-processador, foi o
80486 DX. A versão anterior do 80486, que vinham com o “sufixo” SX não vinham
com o co-processador acoplado. A partir daí, todos seus sucessores (até de
outras marcas) já vinham com o co-processador aritmético incluído no mesmo
chip. Vejam abaixo a foto da versão que já vinha com o co-processador embutido:
80486DX
(Com o co-processador aritmético embutido)
Apesar de
apresentarem essa nova tecnologia, desconsiderando o nome que vinha escrito no
chip, sua aparência era bem parecida com a da versão sem o co-procesasdor.
4 MEMÓRIA CACHE
Como nós já sabemos, a memória RAM é
a responsável pelo armazenamento de todas os dados que estão sendo usados pelo
processador (os que o usuário está interagindo), e por isso é que ela serve
como um suporte para ele.
Mas, como os processadores passaram
por uma drástica evolução na performanse, as memórias RAM não tiveram como
acompanhá-lo, e foi por isso que os desenvolvedores começaram a adotar uma nova
tecnologia, as Memórias Cache.
Antes de entrarmos nos conceitos da
Memória Cache, vamos nos aprofundar nas memórias RAM. A memória RAM (Randon
Access Memory) pode ser dividida em dois tipos principais:
DRAM
(Dinamic RAM): O nome dinâmico
vêm da constante necessidade de renovação dos seus valores armazenados, pois
seu funcionamento se basea no armazenamento em capacitadores (que perdem os
valores depois de algum tempo – milhares de vezes por segundo). Apesar da taxa
de transferência de dados entre o processador e a DRAM serem rápidos (em uma
taxa de 100 nanosegundos, ou seja, 100 bilionésimos de segundo) já é suficiente
para ocasionar um atrazo considerável no desempenho do processador. Contudo seu
preço, se relacionado ao da SRAM é muito inferior.
SRAM
(Static RAM): Extremamente rápida
e por consequência muito mais cara. Seu utilização se torna inviálvel em
grandes quantidades. Apesar de ser volátil igual a DRAM, ela não perde seus
valores no decorrer do tempo. Consome pouca quantidade de energia. O tempo que
o processador leva para acessar uma SRAM está na órdem dos 20 nanossegundo
(400% de tempo a menos em relação a DRAM).
Como vocês já devem estar deduzindo,
a memória DRAM foi se tornando obsoleta, pois o avanço dos computadores foi
muito superior ao avanço das mesmas. A partir do 386 os desenvolvedores já
perceberam que a memória já não acompanhava mais a velocidade dos
processadores. Isto estava acarretando em uma perda de desempenho considerável.
Foi então que eles optaram por usar uma nova memória, que precisava ser rápida
o suficiente para acompanhar os processadores, e é por isso que a memória usada
para isso é exatamente a SRAM.
Existem dois tipos de memórias
cache, a cache primária e a cache secundária, também chamadas de
cache L1 e L2, respectivamente (hoje já temos a L3).
A cache L1 é a mais rápida das duas,
ela deve trabalhar na mesma frequência do processador, e por isso é mais cara.
Sempre que um novo processador fosse inventado, a cache L1 deveria acompanher
seu desenvolvimento, para não acarretar a perda de performânce. Acompanhando o
mesma ideologia da cache L1, também temos a cache L2. Ela apesar de mais lenta
que a L1, já é de grande auxílio aos serviços do processador. Antigamente, a
cache L2 ficava fora do processador, mais a partir do Pentium Pro, ela já
passou a fazer ficar dentro dele. Hoje em dia, qualquer processador que iremos
encontrar no mercado, possuem a cache L2 no seu interior. Por ela ser mais
lenta, obviamente ela é muito mais barata que a L1, e por isso geralmente é
encontrada com o seu tamanho muito superior do que o da cache primária.
Com esse novo conceito, o
processador ganhou mais um ponto na performance, pois agora ele tinha para
auxiliá-lo, duas memórias muito rápidas, uma funcionando na sua frequência e a
outra um pouco mais lenta.
Para entendermos as etapas que o
processador realiza quando tiver que buscar um dado na memória, vamos observar
a figura abaixo:
Simulação
do funcionamento de um Processador
Obs: Devemos levar em consideração,
que os dados estejam na memória RAM, pois caso contrário, o processador terá
que acessar o HD, ai certamente ele ficará ocioso.
Já pela figura, você pode observar que a memória Cache
L1 possui um tamanho menor que a cache L2, que por sua vez possui um tamanho
muito menor que a memória RAM (memória principal). Para termos uma ideia melhor
sobre o tamanho de cada uma delas (e da enorme diferença), observe abaixo uma
tabela que destaca cada uma dos três tipos de memória. Para ressaltar, observem
também o tamanho de um HD:
Equipamento
|
Tipo de
Memória
|
Tamanho
|
Pentium 4 (3.40
GHz)
|
Cache L1
|
8 Kbytes
|
Pentium 4 (3.40
GHz)
|
Cache L2
|
512 KBytes
|
Memória DDR 512
PC-333
|
Memória RAM (DDR)
|
512 Megabytes
|
Samsung (SpinPoint P Series SP1614C)
|
Hard Disc
|
160 Gigabytes
|
Perceberam a diferença de tamanho
(bytes) de cada uma das memórias apresentadas. Inversamente relacionado ao
tamanho, temos a questão da velocidade e do preço. Como já foi dito a L1,
geralmente funciona na frequência do Processador (ou seja, muito rápida), a L2
numa frequência menor, e a RAM se comparada com essas, é muito mais lenta. No
caso do preço, quanto mais rápido é a memória, maior o seu preço.
Obs.:
Hoje em dia já existem processadores que apresentam embutido em seu chip,
uma nova versão da memória Cache, que é a L3. Seguindo a mesma importancia das
outras, a L3 vem com maior capacidade que a L2, mais em compensação,
trabalhando numa frequência menor. Os Processadores Pentium 4 (da tabela acima)
já apresentam a L3 embutida, com o tamanho de 2 Megabytes.
5
A ARQUITETURA DOS PROCESSADORES
Em geral, os processadores são formados por milhares
ou até milhões de transistores. Um dos primeiros processadores (8088) que
possuiam a tecnologia dos circuitos integrados (um conjunto de vários
componentes como, transistores, diodos, capacitadores, e etc) os transistores
já alcansavam a marca dos 29.000. Já as primeiras versões do Pentium 4 já
possuia 41.000.000 (milhões) de transistores. Esse incrível resultado, foi
alcansado devido a possibilidade de cada vez mais diminuir o tamanho (físico)
destes componentes. Os primeiros (8088) possuiam o tamanho de 3 mícrons, ou
seja de 3 milésimos de um milímetro, já os de hoje em dia, já alcansam a marca
dos 0.13 (Pentium 4). Um fator a ser observado, é o de que quanto menor forem
os trasístores, maior a frequência alcansada pelo processador, e esse é um dos
fatores do grande avanço em questões de desempenho que ocoorreu com os
processadores.
Já sabemos, que todos os
processadores (a partir da tecnologia dos circuitos integrados) são formados de
transistores, e que eles colaboram com o desempenho do processador, mas temos
que considerar a existência de outros fatores que colaboram para tal fim. Como
a maioria das tecnologias nasceram junto com os processadores, vamos abordá-las
no item A evolução dos processadores,
enquanto a tecnologia que é comum a todos, vamos ver agora.
Existem duas tecnologias
responsáveis pela quantidade de instruções que o processador pode reconhecer,
uma que permite que uma dezena de instruções possam ser reconhecidas por ele, e
outra, que engloba todas estas, em apenas quatros instruções básicas.
Respectivamente, estas são as arquiteturas CISC
e RISC.
Arquitetura
CISC: A sigla CISC significa Complex Instruction Set Computing, ou
seja Define Instruções Compexas de
Processamento. Já pelo nome, é possível perceber a qual das duas
arquiteturas a CISC se enquadra, as Instruções Complexas. Os processadores que
seguem (são construídos) essa arquitetura, conhecem várias dezenas de
instruções, permitindo com isso o processamento de modo direto pelos softwares,
ou seja, se o software quer realizar determinado processo, ele usa certa
instrução do processador específica para o ato, se quiser realizar outra, usará
uma outra instrução que serve para tal, e assim por diante. Um detalhe
importante na arquitetura CISC, é a de que, quanto maior for o número de
instruções que o processador reconhece, mais lento, ele processará cada uma
delas, ocasionando com isso, perda de desempenho em certas ocasiões. Obs: O
conjunto de instruções que os processadores da arquitetura CISC reconhecem, é
chamado de conjunto x86, e contém 187
instruções diferentes.
Arquitetura
RISC: A sigla RISC significa Reduced Instruction Set Computing (Define
Instruções Reduzidas de Processamento). Esta arquitetura é exatamente o oposto
da outra (CISC), pois nela a principal característica é o pequeno número de
instruções que os processadores reconhecem. Como o número de instruções é
menor, o processador pode alcançar frequências mais altas, e conseqüentemente
desempenho maior. A partir do Pentium Pro,
a Intel começou a adotar essa arquitetura para seus processadores. Naturalmente
eles pensaram na compatibilidade dos programas (softwares) que ainda
funcionavam com as instruções x86, e por isso acrescetaram um circuito
decodificador para interpretar as antigas intruções para as novas. Os
processadores que pertencem a arquitetura RISC, em geral reconhecem apenas 4
instruções que são as de leitura, gravação, soma e atribuição. Vejam
a baixo, a foto do Pentium Pro (RISC).
Pentium
Pro – Arquitetura RISC
Houve, e ainda há muitos
desenvolvedores que estão constantemente pesquisando e realizando testes para
testar qual das duas arquiteturas renderiam um melhor desempenho. Uma possui
várias instruções, fator que produz uma perda no desempenho mais por outro lado
facilita a vida dos programadores, em quanto a outra, por possuir poucas
instruções, é mais rápida e conseqüentemente mais dificil de ser programada.
Hoje em dia, a arquitetura RISC é a que está em maior uso. Mas quem sabem algum
dia, os processadores voltem para seus primórdios, adotando novamente a
arquitetura CISC?
6
DESEMPENHO DOS PROCESSADORES
Para poder medir a performance dos processadores,
foram criadas duas unidades, a MIPS e
a MFLOPS.
MIPS
(Milhões de Instruções por Segundo): Esta unidade é usada para representar o números de instruções comuns
(qualquer instrução e processamento básico realizado pelo processador) que o
processador realiza. Por exemplo, temos o Pentium 4 de 3.2 Gigahertz (mais a
frente veremos as frequências – Hertz e seus sucessores) que alcança a medida
dos 9787 MIPS, e para termos
uma idéia da revolução dos processadores, o primeiro microprocessador do mundo,
o 4004 da Intel de 108 KHz alcançava os 0.06
MIPS que na época era algo incrível.
MFLOPS (Milhões de Operações de
Pontos Flutuantes por Segundo): Também foi necessário à criação de uma
grandeza que representasse a performance dos processadores nos cálculos de
números de ponto flutuante (co-processador aritmético), e está medida é o
MFLOPS. Por exemplo, o Pentium 4 (3.2 GHz), um dos mais atuais, alcança no
máximo os 6204 MFLOPS, e o Pentium
Pro, que foi o primeiro processador a incluir os circuitos do co-processador
embutidos, alcançava a média dos 200
MFLOPS.
Essa unidades, geralmente são usadas
para realizar comparações entre os processadores distintos e até de outra
marca. Como por exemplo, podemos dizer que certo processador apresenta melhor
desempenho em MFLOPS do que outro, mas em compensação, este segundo tem maior
desempenho em MIPS do que o primeiro.
Essas grandezas são usadas para
representar de maneira geral os processadores. Vamos ver agora, as verdadeiras
unidades (valores reais) que existem nos processadores. Essas unidades são: Frequência, Volts, Acesso a Memória RAM,
e bits que trabalha.
Vamos ver agora, detalhadamente cada
um dessas unidades:
Frequência: A frequência geralmente está associada a velocidade
do processador. Ela representa a quantidade de ciclos que ocorrem por segundo.
Quando temos um processador que realiza 1 ciclo de processamento por segundo,
dizemos que ele trabalha a 1 Hertz. Então já sabemos que 1 Hertz significa 1 Ciclo por Segundo. Mas, além dos
Hertz, também temos seus sucessores, que são responsáveis por representar os
valores maiores (igual ao sistema de pesos que conhecemos que tem a grama, o
quilo, e etc), que são o Kilohertz ou KHz (1000 Hertz), o Megahertz ou MHz (1000 Kilohertz), o Gigahertz, que
também é conhecido por GHz, e assim por diante.
Veja abaixo uma tebela que associa
essas grandezas:
Unidades
|
Símbolos
|
Equivalências
|
Hertz
|
Hz
|
1 Hz
|
Kilohertz
|
KHz
|
1000 Hz
|
Megahertz
|
MHz
|
1.000 KHz (1.000.000 Hz)
|
Gigahertz
|
GHz
|
1.000 MHz (1.000.000.000 Hz)
|
Terahertz
|
THz
|
1.000 GHz (1.000.000.000.000 Hz)
|
Petahertz
|
PHz
|
1.000 THz (1.000.000.000.000.000 Hz)
|
Exahertz
|
EHz
|
1.000 PHz (1.000.000.000.000.000.000 Hz)
|
Hoje em dia, os processadores já alcançam a casa dos
Gigahertz, mas em seus primórdios, como por exemplo o 4004 (o primeiro
microprocessador) processava numa frequência de 108 KHz.
Volts: Como próprio nome já sugere, essa grandeza é
responsável por representar a quantidade de energia que os processadores
consomem. Na prática podemos dizer que certo processador trabalha a
determinados Voltz. Como exemplo podemos citar uma das versões do Pentium III
(600 MHz) que funciona a 2.0 Volts. Quando formos configurar ou realizar o
Upgrade dos processadores, devemos ter muita atenção nos volts que ele utiliza,
caso contrário poderemos até queimar o processador.
Acesso
a Memória RAM: É o valor usado
para representar a quantidade de memória que o processador é capaz de
endereçar. Quando dizemos que um processador é capaz de acessar 1 Megabyte de memória
RAM, é exatamente a essa grandeza que estamos nos referindo. Essa medida é
válida para os casos de Upgrade de
memória (casos em que uma pessoa quer colocar um novo pente de memória em seu Computador). Ele deverá consultar se o seu
processador consegue acessar esse novo valor (tamanho de memória) antes de
adquirí-la (comprá-la).
Barramento
Interno (Bits que trabalha):
Quando dizemos que o processador é de 32 bits, estamos nos referindo a
quantidade de bits que ele trabalha em cada ciclo. Neste exemplo (32 bits) o
processador em cada um de seus ciclos pode
operar a 32 bits. Geralmente, também trabalhamos com essa grandeza vista em
bytes, ou seja, um processador de 32 bits é igual a um processador 4 bytes (1
byte é igual a 8 bits). O conjunto de bytes pode ser chamado de word (palavra).
Obs:
Além do Barremento Interno,
existem outros barrementos que causam um diferencial entre um ou outro
processador, mais não veremos nesta apostila, esses detalhes, portanto a
frequência que aparece nas especificações dos processadores apresentados são
referentes ao barramento interno do processador. Outro exemplo muito importante
de barramento é o FSB que determina a frequência de acesso a memória. Não
veremos nada sobre o FSB agora, e sim no capítulo referente as memórias.
Essas (em conjunto com a capacidade e frequência de suas Caches) são as principais grandezas que
precisamos saber a respeito de um processador. Quando formos aprender sua
configuração (instalação na placa mãe) nós vamos precisar de entender cada uma dessas
grandezas para evitarmos situações de perda de desempenho ou até mesmo de perca
do processador (queimar o processador).
7
HISTÓRIA DOS PROCESSADORES
Para que possamos entender as tecnologias que os
processadores adotam hoje em dia, é necessário passarmos por cada uma das suas
evoluções durante o tempo. Por isso vamos apresentar neste tópico, os
principais microprocessadores que apareceram desde o 4004 da Intel até os
modernos processadores encontrados nos dias de hoje.
4004: Foi o primeiro microprocessador da história e nasceu
e 1971. Ele contia apenas 2300 transistores de 10 microns cada. Veja a sua foto
e sua performance abaixo:
|
8008: Em 1972 já surgiu o 8008 que além de apresentar
melhores performances que seu antecessor, já manipulava caracteres e possuia
3.500 transistores de 10 microns.
|
8085: Criado em 1976 com seus 6.000 transistores de 6
micros.
|
8086: Criado em 1978 já possuia 29.000 transistores de 3
microns.
|
8088: Apesar de não alcançar a frequência de 10 MHz, o
8088 foi o que realmente começou a ganhar o mercado do mundo. Ele nasceu em
1979 e continha os mesmos 29.000 transistores de 3 microns do que seu
antecessor.
|
80286: Já continha 134.000 transistores de 1.5 microns.
|
Obs: A partir daqui foram
introduzidos as técnicas de memória virtual.
80386SX: A partir deste processador é que os desenvolvedores
começaram a produzir-los tendo como base a arquitetura CISC. Ele já continha
275.000 transistor de 1 micron.
|
Obs: Este processador foi o
primeiro a conter as instruções chamadas de intruções x86.
80486DX: O 486 chegou com várias inovações. Uma é a de que
ele passou a ter uma memória embutida, a cache L1, que era complementada pela
L2, que ainda ficava na placa mãe. Além da cache, este processador foi o
primeiro a trazer com ele o coprocessador aritmético embutido em seus
circuitos. Ele possuia 1.200.000 transistors de 1 micron. Foi a partir daí
também que foi introduzida a multiplicação
de Clock, com o lançamento das versões 80486 DX2 e DX4, que respectivamente
funcionavam a uma velocidade 2 e 3 vezes maiores que a velocidade da placa mãe.
|
Obs: A foto já é a versão 80486DX2.
As versões posteriores viam com
as seguintes frequências: 80486DX2: 50 MHz e o 80486DX4 75 MHz. Outro detalhe
importante, é que a partir da versão 80486DX2, foi necessária a adoção de um
novo equipamento para evitar que o processador se aqueça demais, esse equipamento
é chamado de Cooler. Vejam ao lado
a foto do Cooler do 80486DX2.
|
Pentium
(80586): Uma grande inovação no
Pentium era a de que ele era um conjunto de dois processadores de 32 bits, o
que supostamente o tornava um processador de 64 bits, a isto se dava o nome de arquitetura superescalar. Este
processador já vinha com 3.100.000 transistores de 0.8 microns. Ele também
apresentava uma nova tecnologia em que o processador guardava em um buffer os caminhos (processos) mais
realizados e com isso tentava “advinhar” (analizando os dados armazenados no
buffer) quais seriam os caminhos que o programas iriam tomar, ganhando assim
20% em performance.
|
AMD
5X86: Este processador foi
lançado pouco depois do Pentium, mas sua arquitetura se assemelha ao 80486. Na
época ele se tornou mais uma das opções para Upgrades de baixo custo. Um
detalhe é que ele funcionava 4 vezes a velocidade da placa mãe.
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Cyrix
CX5X86: Este processador possui
recursos do 80486 e Pentium, conseguindo assim uma performance superior aos
80486 padrões.
|
AMD
K5: Na época do 386 e 486 a AMD tinha uma parceria
com a Intel. Ela pagava Royalties
para a Intel para poder usar os projetos de seus processadores. Quando a Intel
produziu o Pentium, ela desfez este acordo, e a AMD a partir de então deveria
começar a construir processadores de seus próprios projetos.
Apesar
do AMD K5 em alguns requisitos, apresentar melhor desempenho, ele foi lançado
com um pouco de atraso, pois suas primeiras versões funcionavam a 133 MHz, e em
quanto isso já existiam os Pentium que trabalhavam a 200 MHz.
|
Pentium
MMX: Essa versão do Pentium, além
de mais cache, vinha com as instruções MMX, que melhora o desempenho para
determinadas aplicações. Ele continha 4.300.000 transistores de 0.35 microns
cada.
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AMD
K6: Foi o primeiro processador
AMD a conseguir um fatia do mercado.
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AMD
K6-2: Introduzio as intruções
3D-Now! (parecidas com as MMX da Intel). Eles são compatíveis com as instruções
MMX do Pentium.
|
Cyrix
6X86MX: É mais um dos
concorrentes que havia para o MMX da Intel.
|
Pentium
PRO: Este processador trouxe
várias inovações. A partir dele a Intel começou a adotar a tecnologia Risc.
Outra inovação foi a integração da Cache L2 que até então era encontrada na
placa mãe. Ele também dá suporte a multiprocessamento.
|
Pentium
II: Neste processador, a Intel
optou por seguir um modelo de cartucho (parecido com os de vídeo-game). Esse
processador era encaixado no Slot 1.
|
Foram lançadas a versões Pentium II
XEON, de alto desempenho e consequentemente alto preço. Sua diferença está na
quantidade e frequência de cache L2. No XEON, ela funciona na mesma frequência
do processador, o que não ocorre no antigo.
Celeron: Como o Pentium II era muito caro, a Intel resolveu
lançar uma nova versão de processador, que era parecido com o Pentium II, só
que mais barato. Para baratear ela resolveu tirar completamente a cache L2 e
ficar só com a L1 integrada. Isso acarretou uma má fama ao Celeron, pois até os
mais especialistas não gostaram do resultado. Foi então que nas versões
superiores, a Intel resolveu integrar novamente a L2, só que com apenas 128
Kbytes, só que estes integrados diretamento no núcleo do processador, visando
um melhor desempenho.
|
Pentium
III: O Pentium III, se comparado
com os outros, é o que possui mais variações. Eles foram construídos com
arquitetura Katmai, que é muito
parecido com o Pentium II só com as novas instruções SSE (ainda no modelo de
cartucho) e os que segue a arquitetura Coopermine
que além de já conter transistores de 0.18 microns (menor que o do Katmai)
contém a cache L2 incluída no núcleo do processador, o que as permitem
trabalhar na sua frequência. Essas cache internas recebem o nome de Full-Speed.
|
Obs: Está já uma das versões mais
avançadas do Pentium 3 Coopermine.
Um fator importante, é que as
intruções SSE podem ser executadas ao mesmo tempo em que o processador está
executando outras instruções comuns, o que resulta num maior desempenho.
AMD
Athlon: Foi a cartada da AMD para
poder competir com os processadores da época. O Athlon se distacou graças a
reformulação que foi feita em cima do seu coprocessador que agora apresentava
maior performance que o do Pentium III.
|
Obs: Esta é uma versão mais atual
chamada de AMD Athlon-XP 2000+.
Esta
versão é uma versão do Athlon mais atual, e por isso tem seus valores mais
elevados se comparando com os vistos até agora.
AMD
Duron: O Duron veio para competir
com os demais processadores de baixo custo, só que superou as espectativas,
pois mesmo sendo projetado para ser um processador mais barato, ele em
determinadas situações chega a atingir performance muito boa, superando todos
os outros processadores de baixo custo.
Ele atingiu esse resultado, grassas
ao seu projeto que segue o do Athlon. Ele também possui a cache L2 embutida no
processador, só que em número muito menor. Sua vantagem é a de que ele continua
com a L1 de 128. Com isso, em geral ele conseguiu um número maior que a
apresentada no Celeron e por isso tem melhor desempenho.
|
O único problema do Duron, é que as placas que tem seu
slot ainda tinham o preço alto aqui no brasil, ficando algumas vezes inviável
para aquele usuário que quer gastar pouco dinheiro. É claro que se deve fazer a
avaliação de custo/benefício. Em certos casos, é mais vantagem adquirir uma
placa mais cara (porém melhor) e além disso adquirir um processador barato que
apresenta desempenho melhor do que os outros de sua linha.
Pentium
4: As primeiras versões do
Pentium 4 já vinham na frequência de 1.4 GHz, além de muitas outras inovações.
A nova arquitetura que a Intel usou para fazer seus processadores (Pentium 4) é
composta por quatro partes: Uma é chamada de Hyper Pipelined Technology e tem como característica um grande
número de estágios (20). Outra e a Execution
Trace Cache que é um novo planejamento da cache L1. Ela, em vês de
apresentar muitos Kbytes, contém apenas 8, o que reduz o tempo de latência do
processador (ou seja, o tempo que ele leva para buscar os dados) e além de ser
pequena ela guardas apenas dados já codificados e preparados para serem
processados apenas por instruções simples (aquelas da tecnologia Risc). O
processador continua entendendo as intruções x86 (arquitetura Cisc) só que
antes dele guardá-las na cache L1, ele primeiro as transforma em instruções
simples (Risc) o que torna o processo mais rápido. Outra inovação é a do
Barramento de 400 MHz. Na verdade o processador não trabalha com o barramento
externo de 400 e sim ele trabalha com o de 100 só que a cada ciclo realiza 4
transferências, o que ocasiona um suposto barramento de 400 MHz. A última das
4, é a chamada de Rapid Execution Engine, que é um aperfeiçoamento na parte do
processador que é responsável pelos processos simples (Unidade Lógica e de
Aritmética). Elas agora formam um conjunto de 5 unidades que o torna muito mais
potente nessas operações. Uma desvantagem é a de que o coprocessador não
acompanhou esse desenvolvimento, o que torna o desempenho em certas ocasiões,
pior até mesmo que o do Pentium 3. Para compensar essa desvantagem, o Pentium 4
criou as instruções SSE2 que justamente fortificam essa parte mais frágil. Hoje
em dia, já existem versões do Pentium 4 que apresentam a cache L3 incorpada no
processador. Seguindo a mesma lógica, ela é maior porém mais lenta.
|
AMD
Athlon 64: A AMD foi a pioneira
nos processadores de 64 bits. Essa nova tecnologia é recente e para usuários
comuns ainda é cara, pois o processador sendo de 64 bits, os componentes que o
suportam também devem acompanhá-lo. Existem técnicas que possibilitam usa-lo em
placas que ainda não o dão suporte, mais assim ele não estará apresentando seu
máximo desempenho. Outro fator que deve ser levantado é o de que os Sistemas
Operacionais, ainda não estão preparados para atender esse processador. Da
mesma maneira, ele funciona com o S.O. de 32 bits, mais com isso também ficará
limitado. Este é o atual concorrente do Pentium 4 da Intel, mesmo considerando
todas as restrições apresentadas. Quando os softwares e componentes realmente
estiverem preparados para seu desempenho, a Intel, se não quizer ficar para
trás, também terá que adotar essa tecnologia.
|
8
SLOTS E SOQUETES
Como você sabe, quem sustenta o
processador (onde ele fica localizado) é a placa mãe, e por isso é que ela
possui um encaixe próprio para os processadores. Um detalhe importante, é que
com a evolução dos processadores, seus encaixes tiveram que ir se aperfeiçoando
também o que ocasionou um grande número de encaixes específicos para cada etapa
da evolução dos processadores. Esse também é um importante fator a ser
considerado na hora da configuração dos processadores. Veremos isso com mais
detalhes na apostila referente a placa mãe e sua configuração. É importante
destacar o fato de que nós não somos obrigados a “decorar” que determinado
versão do processador de certa marca encaixa no slot tal, pois essas informações
já vem no manual da placa mãe e sempre que formos realizar uma configuração,
teremos que estar com este manual em nossas mãos.
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CURIOSIDADES
Microprocessador: Antigamente, os processadores eram grandes e em vez
de possuírem transistores, contiam válvulas. Foi quando, em meados da década de
50 foi consagrada a tecnologia dos circuitos integrados, que contiam vários
transistores em uma única pastilha (chip) que eram muito menores que os antigos
processadores, daí veio a palavra microprocessadores.
Upgrade: É o nome que se dá ao ato de trocar um componente
(antigo) de uma computador por um de tecnologia mais avançada. Por exemplo, um
Upgrade de um processador Pentium III para um Pentium 4.
Memória
Virtual: É a tecnica também
conhecida com swaping, em que a
memória principal recorre a unidade secundária de armazenamento para poder lhe
dar auxílio na armazenagem dos dados.
Clock: É um circuito que existe no computador que faz o
papel de um relógio. É ele que determina a velocidade de transferência dos
dados entre os periféricos. Todos os componentes do computador acompanham os
ciclos impostos pelo clock, inclusive
o processador. O clock também é medido com a unidade hertz.
Pipeline: São estágios que acontecem dentro do processador. É
fácil de enteder se você fizer uma associação a uma indústria de carros.
Primeiro o carro passa por um estágio, depois por outro, e assim até que ele
fique pronto. Cada processador tem um número de estágios pelos quais os dados
devem passar até que se tornem prontos. E a essa arquitetura se dá o nome de
Pipeline.
10
BIBLIOGRAFIA
Informática:
conceitos básicos / Fernando de Castro Velloso
4. ed. Ver. E atual. – Rio de Janeiro:
Campus, 1999
Hardware:
Guia de Aprendizagem Rápida PC / Carlos Morimoto
2. ed. – Rio de Janeiro: Book Express, 2001
SITES VISITADOS
http://www.pcguide.com/ref/cpu/fam/g4.htm
http://logout.sh.cvut.cz/~astro/main/cpu/cyrix/486.htm
http://www.pcstats.com/articleview.cfm?articleid=808&page=6
http://cudebebado.cabaretvoltaire.com/index.php?IntelWiki
http://www.uv.tietgen.dk/staff/mlha/Buzz/Intel.html
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Intel_microprocessors
http://cpu-museum.de
http://www.supercomp.org
http://www.pcstats.com
http://cudebebado.cabaretvoltaire.com
http://www.intel.com
http://www.samsung.com
http://www.mercadolivre.com.br
Exercícios
1-
Marque com um X as opções onde o item descrito fica dentro dos processadores descritos abaixo:
Processador 80286
da Intel
|
( ) Memória RAM
( ) Placa De Fax-Modem
( ) Memória Cache L1
( ) Bios
( )
Unidade Central de Processamento
( ) Coprocessador
( ) Unidade de Lógica e Artimética
|
Processador Athlon
da AMD
|
( ) Disco Rígido
( ) Memória Cache L2
( ) Transistor (Vários)
( ) Unidade Central de Processamento
( ) Memória Cache L3
( ) Coprocessador
( ) Fonte de Alimentação
|
2-
Qual foi o primeiro mircroprocessador do mundo?
3-
Qual foi o primeiro processador a incorpar o coprocessador aritmético?
4-
Quais são as duas unidades usadas para medir de modo geral a performance dos
processadores?
5-
O que significa Upgrade?
6-
Se realizarmos um Upgrade para um novo processador sem observarmos se a
voltagem do novo é compatível com a do antigo, o que poderá acontecer?
7-
Marque a primeira coluna de acordo com a segunda:
1-
Frequência
2
- Risc
3-
Volts
4-
Acesso a Memória
5-
Memória SRAM
|
( ) Unidade usada para medir o número de
ciclos que um processador realiza por segundo.
( ) É a memória que geralmente é usada na
fabricação de memórias cache.
( ) Serve parar representar a quantidade de
memória que o processador é capaz de endereçar.
( ) É quanto de energia o processador
consome.
( ) Arquitetura usada pelos processadores
que reconhecem apenas as instruções básicas (poucas instruções).
|
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