1 INTRODUÇÃO
Os periféricos de
entrada e saída, também conhecidos como dispositivos
I/O (input/output) ou respectivamente como unidades de entrada e unidades
de saída, englobam dois tipos distintos de sistemas. Um está diretamente
relacionado ao usuário e a maquina, pois é responsável pela entrada de dados
realizada pelo usuário (teclados, por exemplo) e pela saída realizada pelo
computador (como exemplo temos a impressora). E a outra é responsável pela
comunicação entre o processador e os outros periféricos do computador, como
exemplo a memória principal.
Para
acompanhar essa divisão, esta apostila também está dividida em duas partes
principais que são as Interfaces com o
Usuário que trata sobre os dispositivos que fazem a ligação entre o homem e
a máquina e a Interfaces com o
Processador que é justamente a que trata da comunicação entre os
periféricos e o processador.
2 INTERFACES COM O PROCESSADOR
Como já foi visto,
esses dispositivos são responsáveis pela ponte que existe entre o processador e
os demais dispositivos. Em geral, existe um chip que é responsável por todos os
fluxos de dados (que entram e saem do processador) que existem entre o
processador e esses dispositivos. Esse chip é chamado de chipset. Para entendermos um dos trabalhos do chipset, vamos ver a
seguinte analogia:
O
chipset é encontrado na placa mãe, e além de ser responsável pelo tráfego dos
dados, é ele que determina quais as freqüências que a placa mãe pode trabalhar.
Aqui, demos o exemplo do fluxo que existe entre o processador e a RAM, mas como
foi dito anteriormente, ele é responsável por todos os fluxos relacionados ao
processador. Como ele consegue dar conta disso tudo ao mesmo tempo?
Ele
consegue por que na verdade ele não é um único chip (como seu próprio nome
sugere, ou seja, chipset significa conjunto
de chips) e sim um chip maior que é formado internamente por vários outros
chips, sedo que cada um desses, fica responsável por um fluxo de informação.
Esses pequenos chips que ficam contidos no chipset são chamados de controladores. Na analogia anterior, por
exemplo, o chip interno que controla o
fluxo de dados entre o processador e a RAM é chamado controladora de memória. Outros exemplos de controladores que existem
no chipset são os das interfaces IDE, os barramentos ISA, PCI e AGP, as portas
paralelas e seriais, entre outros.
Resumindo,
o chipset é um componente que fica na
placa mãe e é o responsável pelo controle dos dispositivos de I/O relativos ao
processador. Ele é formando por vários outros pequenos chips, chamados de
controladores, onde cada um deles é responsável pelo controle do tráfego de
dados.
Vejam
abaixo, a analogia que representa um conjunto dos controladores que são
encontrados no chipset:
Obs: Todos os controladores
compõem o Chipset (conjunto de chips)
É
assim que basicamente funciona os dispositivos de I/O referentes ao
processador.
Outro
detalhe importante a ser destacado sobre o chipset, é o de que é ele que “diz”
quais processadores a placa mãe irá suportar. Por exemplo: Como já foi dito, o
chipset que determina quais as freqüências que a placa mãe irá suportar, vamos
supor que determinado chipset determina que a placa mãe funcione na freqüência
de 66 MHz. Conseqüentemente, ela só aceitará os processadores que funcionam
nesta freqüência (com o multiplicador de
clock), os que trabalham com uma freqüência maior ou menor, não funcionarão
nesta placa. Um exemplo seria o chipset LX, que permitem as placas funcionarem
numa freqüência de 66 MHz, e assim suportando apenas o Celeron e o Pentium II
(de até 333 MHz com multiplicador de cinco vezes a velocidade de clock – 330
aproximadamente 333).
Vejam abaixo uma foto do chipset
LX:
Chipset LX da Intel
3 INTERFACES COM O USUÁRIO
Agora que já sabemos como o
processador se comunica com os outros componentes do computador, vamos ver como
o computador se comunica com os usuários.
Como
já foi dito, essas interfaces (periféricos) são aquelas que permitem que o
usuário entre com os dados no sistema (computador) e que o mesmo mostre a
resposta dos dados para o usuário.
Vamos
analisar o seguinte exemplo:
Um médico tem
um programa de computador (sistema) de cadastro de clientes em seu escritório.
Neste programa, ele precisa entrar
com os dados pessoais, com uma foto atualizada, e com um exame que o cliente
tenha feito (documento original – exame que ele tenha feito com outro médico)
há pouco tempo. Como esse médico poderá entrar com esses dados para dentro do
computador?
Já
sabemos que ele usará os recursos oferecidos pelas unidades de entrada
(periféricos de Input), mas quais são
eles.
Para entrar
com os dados pessoais (Nome, idade, sexo, endereço, e etc) o periférico mais
comum seria o teclado (pois é o que contém os algarismos alfanuméricos), que é
similar ao de uma máquina de escrever só que com alguns botões a mais.
Para resolver o problema da foto atual do
cliente, o médico optou por um outro periférico de entrada, a Câmera Digital. Com ela, o usuário do
computador poderá tirar fotos e instantaneamente transportá-las para dentro do
computador, o que possibilitaria o médico de guardá-las no seu programa.
Geralmente essas câmeras possuem uma Unidade de Memória Secundária que
posteriormente poderia ser passa transportada para o computador.
Com
a ajuda desses dois periféricos, o médico já conseguiu armazenar os dados
pessoas e uma foto atual do cliente. Agora só ele falta armazenar o documento
de uma consulta que o cliente tenha feito em outro consultório. Vamos ver agora
como ele fará:
Como este
documento geralmente os clientes tem em papel, o médico necessitará de um
equipamento que copie essa imagem para dentro do computador. Ele pode muito bem
colocar esse papel em cima de uma mesa e tirar uma foto do mesmo com a Câmera
Digital, mas isso deixaria o serviço muito ineficiente. Foi então que ele optou
pelo Scanner. O Scanner é um aparelho
que possibilita a cópia de documentos (geral-mente em papel) externos do
computador, para dentro do mesmo.
Como você pode
ver, existem várias possibilidades de se entrar com dados no computador. Aqui
foram apresentadas apenas três delas, como exemplo de outras unidades, temos o Mouse, Microfone, Webcam (Câmeras
de vídeo para computador), Disquetes e
Cds (que apesar de estarem também
relacionados às unidades de armazenamento secundário, representam uma
importante ferramenta de entrada de dados no computador), e etc.
Microfone (Kit Multimídia)
|
Mouse
|
Webcam
|
Até
agora vimos como o médico entra com os dados no computador. Mas nós estamos
esquecendo de um fator muito importante, como os dados saíram do computador
para o médico (usuário)? Vamos ver agora as Unidades de Saída (Periféricos de
Output).
Uma das mais importantes ferramentas de
saída de dados que existem no computador é o monitor. Com ele o médico poderá
conferir os dados digitados durante o processo de entrada pelo teclado (quando
ele digita, aparece no monitor), poderá consultar os clientes que estão
cadastrados no programa, poderá usar os outros aplicativos que contém no
computador, e etc. Hoje em dia já existem poderosos monitores que possibilitam
gerar incríveis gráficos pelas placas de
vídeo (placas aceleradoras de vídeo, que serão explicadas mais abaixo), mas
antigamente, os monitores só nos permitiam ver as letras em uma única cor.
Nesta
apostila não daremos muito enfoque na história dos monitores, mas
apresentaremos os dois modelos que são mais usados atualmente. O monitor CRT
(Catodic Ray Tube – Tubo de Raios Católicos – o mais comum de todos, visto na
última foto) que apresenta uma boa resolução de imagem (desconsiderando sua
tela num formato curvo), podendo atingir resoluções altas e mais consistências
nas cores (em certos casos), mas em compensação é totalmente inviável para
locais pequenos ou computadores portáteis (Notebooks). E os LCD (Liquid Cristal
Display, ou monitores de cristal líquido) que tem como principal característica
o seu formato fino e portátil (foto
abaixo). Podemos destacar algumas
desvantagens desse tipo de monitor, o que muitas vezes inviabiliza sua escolha.
Ele tem um alto preço (mais caro que o CRT – por pouco tempo), não tem uma
resolução tão boa quanto o CRT e não permite que seus usuários possam ver sua
imagem de qualquer ângulo (geralmente em torno de 45º para cada lado). Mais por
outro lado, além do pequeno tamanho e portabilidade, ele emite menos radiação
(em certos casos – marcas – quase nenhuma) do que os CRT’s, fator que favorece
aos usuários que ficam tempo demais em frente ao computador. Na hora de
escolhermos um monitor, provavelmente optaremos por um CRT, pois seu preço
ainda é mais acessível, mas provavelmente, os LCD’s tomaram conta do mercado em
um curto prazo de tempo.
Esse tipo de
periférico, com certeza satisfaria a necessidade do médico de consultar e
alterar os dados dos seus clientes, mas através dele, não seria possível
imprimir uma receita para que o
cliente leve para
sua casa, por exemplo. É por
isso que existe outro importante
periférico de saída, a Impressora. A
impressora permite que o computador imprima dados que estão armazenados ou
processados para que o usuário possa tê-los em forma de documento físico. Ela é
de grande utilidade para o médico do nosso exemplo, pois ele terá que imprimir
as consultas realizadas, para que os clientes levem para casa, as folhas de
pagamento para os funcionários e muitas outras utilidades. Existem basicamente
três tipos de impressoras, as Matriciais,
as de Jato de tinta e as mais caras (caro
que sai barato) a Laser.
Aqui
foram mostradas apenas duas unidades de saída, que são as mais comuns no nosso
dia a dia, mas na verdade, existem várias outras unidades, como Caixas de Som, e Disquetes, Placas de
Fax-Modens e muitas outras.
Uma
observação importante é a de que existem algumas unidades que servem tanto com
unidades de entrada como de saída. Como exemplos podemos citar os Disquetes e CDs que servem para entrar e
sair com os dados. Outro exemplo seria a placa de Fax-Modem que também recebe e
envia dados. Uma outra a ser destacada, que também é bastante comum no nosso
dia a dia, seria os Monitores Sensíveis
ao Toque que são geralmente encontrados em caixa eletrônicos dos bancos.
Nesses monitores, nós podemos clicar (pressionar com o dedo) diretamente na
tela que ele reconhece nosso toque e envia dados ao computador, além é claro do
seu outro papel que é o de mostrar para os usuários determinados dados que o
computador está trabalhando.
5 PLACAS DE VÍDEO
Para que o computador
possa enviar (imprimir) os dados, imagens e etc, na tela do monitor, ele
precisa além do monitor um periférico que o ajude nesta tarefa, e esse
periférico é a placa de vídeo.
As placas de vídeo
geralmente possuem alguns chips que ajudam o processador a calcular os números
de ponto flutuante (co-processador), pois assim ele ficará livre para processar
outras informações que não estão diretamente relacionadas ao vídeo. Para gerar
imagens no monitor, o computador precisa de um espaço de memória volátil para
poder armazenar os dados que serão exibidos. Em algumas placas (geralmente as on-board),
esse espaço é alocado na própria memória RAM. Com isso o computador irá perder
parte do seu desempenho, por exemplo, imagine que um PC (Personal
Computer) tenha 256 Mbytes de memória e que seu usuário optou por alocar 8
Mbytes para o vídeo, conseqüentemente sua memória será subtraída (256 - 8) e
ficaria com 248 Mbytes. Existem outras placas que já vêm com uma memória
volátil para poder deixar a memória RAM exclusiva para o uso do computador.
Hoje
em dia nós temos as Placas de Vídeo on-board, ou seja, já embutida na
placa mãe, que são mais baratas, pois não possuem nem a memória, nem o chip que
realiza os cálculos, tendo que alocar recursos do computador para fazer isso. E
existem as placas comumente chamadas de Aceleradoras de Vídeo, que
geralmente são off-boarde que possuem todos esses recursos apresentados
acima.
Quando
um usuário for escolher entre uma placa simples ou uma Aceleradora de Vídeo, o
primeiro requisito de pesquisa é o seguinte: Para que fins eu vou usar meu
computador? Caso ele use para rodar programas pesados como jogos, aplicações
gráficas, e vídeos, com certeza ele ira ter melhor rendimento com uma Placa
Aceleradora. Se ele for usar apenas programas simples de escritório, e
programas rotineiros, uma placa simples é totalmente apropriada para a
situação, pois além de ser mais barata, realiza esse tipo de tarefa sem maiores
dificuldades.
6 DRIVERS PARA OS PERIFÉRICOS
Já sabemos que
existem muitos dispositivos de I/O que servem como ponto para o usuário, mas
ainda nos faltar fazer uma importante consideração. Para que o computador possa
entender o funcionamento desses periféricos, são necessários os drivers
(softwares de baixo nível responsáveis pelo controle e manipulação de
determinado periférico). Por exemplo, se quisermos fazer com que o computador
trabalhe com um mouse, será necessário que se tenha o driver desse mouse (para
poder interpretar os sinais enviados por ele). Um fato importante é o de que os
sistemas operacionais já possuem inúmeros drivers para poder reconhecer
(instalar automaticamente) estes periféricos mais importantes (mouse, teclado,
e monitor). Algumas vezes, quando o sistema operacional não encontra o driver
correto para determinado equipamento, ele mostrará um aviso na tela dizendo que
determinado periférico precisa de driver para poder funcionar corretamente, ai
só resta ao técnico instalar o driver correto. Nesta apostila não iremos nos
concentrar muito neste assunto, pois ele será mais aprofundado na apostila
referente à instalação e manutenção de sistemas operacionais.
Uma
placa aceleradora de vídeo (usadas no Slot AGP) seria um exemplo de periférico
que precisaria de um driver para poder funcionar (de maneira correta).
7 PERIFÉRICOS ESPECIAIS
7 PERIFÉRICOS ESPECIAIS
Todos
periféricos externos que estão ligados a um computador, quase que a maioria se
enquadra como dispositivos I/O. Nesta apostila tratamos apenas dos mais
simples, mas apenas por questões de conhecimento, vamos citar dois exemplos de
periféricos especiais:
Como primeiro exemplo, vamos citar um periférico
especial de entrada de dados, que é o Controlador de Ponto (também
conhecido por muitos outros nomes) muito usado nas empresas e instituições de
grande porte para controle de chegada e saída de funcionários. Este também é um
periférico de entrada, pois através dele, os funcionários passam para o
computador uma informação (a de que estão chegando ou saindo).
O
outro exemplo, seria o Plotter. O plotter é uma espécie de impressora de alta
resolução, que tem a capacidade de imprimir papéis para outdoor. Elas
são caras e bem específicas, somente usadas para este serviço, geralmente
encontradas nas gráficas especializadas.
8 CURIOSIDADES
On-board: Termo usado para alguns periféricos usados pelo computador que já vêm embutidos na própria placa mãe e com isso aloca recursos da mesma para poder funcionar. Geralmente são de pior qualidade e conseqüentemente mais baratas. Como exemplo podemos citar uma placa de som embutida.
8 CURIOSIDADES
On-board: Termo usado para alguns periféricos usados pelo computador que já vêm embutidos na própria placa mãe e com isso aloca recursos da mesma para poder funcionar. Geralmente são de pior qualidade e conseqüentemente mais baratas. Como exemplo podemos citar uma placa de som embutida.
Off-board: Termo
relacionado aos periféricos externos a placa mãe, ou seja, que se conectam a
ela pelos slots de expansão (PCI, AGP, e outros). Esse periféricos são mais
caras pois eles são auto-sustentáveis, ou seja, não precisam alocar recursos do
sistema (computador) para poderem realizar suas funções. Um exemplo seria uma
Placa Aceleradora de Vídeo (slot AGP) GForce.
BIBLIOGRAFIA
Hardware – Guia de Aprendizagem Rápida PC / Carlos Morimoto
2. ed. – 2. ed.
rev. e atual. – Rio de Janeiro: Book Express, 2001
Informática: Conceitos Básicos / Fernando de Castro Velloso
4. ed. – 4. ed.
rev. e atual. – Rio de Janeiro: Campus, 1999
Desvendando Periféricos e Extensões / Peter Norton; tradução
Daniel Vieira, Editada
Rio de Janeiro:
Campus, 1993
Componentes do Computador / Desconhecido
Apostila do site
Apostilando
SITES VISITADOS
www.google.com
www.apostilando.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário